Waldorf

Av. Basiléia, 149 (Fund. e Médio) Av. do Guacá, 33 (Infantil)

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Venha conhecer o dia a dia do Jardim e Maternal

Postado por granza-ewfa em 11/abr/2021 - Sem Comentários

Uma conversa online com as nossas professoras.

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https://forms.gle/7EaYgSG85RUjbwhF9

 

Economia Viva na Comunidade

Postado por granza-ewfa em 19/mar/2021 - Sem Comentários

Querida comunidade,

 

Essa cartilha é fruto da pesquisa que realizamos junto às famílias da Francisco de Assis, quando solicitamos os contatos e informações das diferentes pessoas em nosso círculo que prestam serviços. Com esse documento, podemos fortalecer nossas famílias com a prática da economia viva nesse momento de crise, mas também no futuro, quando retornarmos ao convívio sem afastamento físico. Esperamos, assim, firmar uma rede de apoio e contribuição na indicação de serviços. Essa preferência é um importante pilar para a realização da missão  da escola.

 

Quer participar?

 

Entre em contato em divulgacao@ewfa.com.br

 

Abraços fraternos,
Escola Waldorf Francisco de Assis

A música na escola Waldorf

Postado por granza-ewfa em 19/mar/2021 - Sem Comentários

“Fechando-se os olhos, o ouvido se abre e se aguça. Do sopro mais tênue
ao ruído mais violento, do som mais simples à harmonia mais elevada,
do grito mais compungido e impetuoso à palavra mais suave da razão,
o que fala é sempre e somente a natureza…”

Johann Wolfgang von Goethe

Refletir a música no ambiente da escola Waldorf é antes de mais nada refletir sobre o desenvolvimento do ser humano – de uma forma integral – em suas diversas fases de crescimento, centrando o olhar para a fase da infância e da juventude. Ciclos, fases e períodos são momentos específicos de aprendizado, formas de amadurecimento com regiões de transições que preparam as futuras e novas transformações. Sabemos que Rudolf Steiner coloca a vida humana como um desenvolvimento a partir de ciclos de aproximadamente sete anos. Cada um desses ciclos seguem leis naturais de crescimento que merecem um olhar atento e sensível principalmente daqueles que estão à frente em uma sala de aula.
Consciente deste processo natural de amadurecimento, o profissional que se utilizará da música na escola Waldorf deve refletir de que forma empregará os recursos que a música traz em sua essência para colaborar com o desenvolvimento natural da criança e do jovem. Desta forma, é importante ter a consciência que cada aspecto do que chamamos música (melodia, ritmo, harmonia, timbre) pode contribuir de maneira específica para este processo.

 

Farei um breve relato de como a música pode ser utilizada de acordo com as fases de desenvolvimento da criança e do jovem.

 

No primeiro setênio a criança está completamente aberta ao ambiente que a circunda. As influências externas promovem efeitos profundos em sua organização física e psíquica. O professor é para a criança nesta fase como um exemplo e a educação se dá basicamente por imitação. “Sabendo que a imitação e o exemplo são os motivos básicos de todo comportamento infantil, o educador tem em suas mãos a chave de ouro para realizar sua tarefa” (LANZ, p. 42).

 

 

No campo da música, a voz humana será o instrumento fundamental para a educação musical da criança. Fazer do canto algo natural e espontâneo, cantar notas agudas, estimular uma emissão vocal precisa e sensível são elementos fundamentais para uma prática musical adequada a este estágio. Neste período, além das cirandas, das músicas folclóricas infantis, é recomendado canções e melodias estruturadas sobre a escala pentatônica. Pela sua própria natureza, ou seja, por ser organizada pelo intervalo de quinta, a escala pentatônica induz a um estado psicológico aconchegante, seguro e sereno.

 

A partir do segundo setênio, temos um novo momento no desenvolvimento infantil. É um momento de transição, onde a criança começa a sair de um ambiente aconchegante e protegido e inicia um novo relacionar com o mundo externo. É o início propriamente dito da vida escolar e da vida em comunidade. Neste sentido, o segundo setênio é uma transição da imitação para a autonomia. Agora o professor deve ser visto não essencialmente como um exemplo, mas como um guia.

 

A música tem um papel fundamental nesta fase porque ela deve ser uma das pontes que conduzirão a criança para a vivência social. Em cada ano do currículo escola, o ensino da música abordará conteúdos específicos. A partir do primeiro e segundo anos ainda serão utilizadas músicas pentatônicas e folclóricas, adicionadas a vivências musicais mais ricas. O aprendizado da flauta despertará a motricidade e lateralidade fina dos dedos. A audição será despertada por meio de exercícios rítmicos e melódicos. Contos e histórias serão sonorizados. No terceiro ano, será importante valorizar a vivência da escala musical até a introdução dos nomes dos tons. Importante destacar que toda a prática musical tem que “aprender a viver no corpo” primeiramente. No terceiro ano também se estimulará o canto em pequenos cânones e o aprendizado de um instrumento de arco.

 

Nos próximos anos haverá um aprofundamento dos conteúdos musicais: introdução aos símbolos musicais, leituras de notas, cânones mais exigentes. Importante ressaltar no quinto ano o uso diversificado de instrumentos (flauta e violino por exemplo) e o canto a duas vozes mais elaborado. No sexto ano, destacaríamos a introdução aos intervalos musicais e uso da escala cromática. Por fim, no sétimo e oitavos anos, a vivência musical deverá se aprofundar na pratica em conjunto, experiências musicais com teatro, pequenos grupos instrumentais e vocais.

 

O terceiro e último ciclo se insere no terceiro setênio. Este é o período de maior autonomia do eu, que culminou com o desenvolvimento progressivo nos períodos anteriores. É o momento em que o pensar ganha sua máxima expressão. O despertar do julgamento conduz a crítica, o adolescente vê o mundo de uma nova maneira. O professor agora é visto como inspirador e “espelho”.

 

A música no Ensino Médio terá como pilares a criação, a interpretação e a cultura musical. Justamente no momento do amadurecimento do eu, o professor estimulará a composição musical, ou seja, a expansão da criatividade musical do aluno. Da mesma maneira, este é o momento de entrar em contato com expressões musicais modernas e contemporâneas, suscitando no aluno o desejo de compreender e dialogar com as tendências musicais mais próximas de seu tempo. No campo da interpretação, o coral e a orquestra serão oportunidades da vivência musical em grandes conjuntos, propiciando a integração social e o respeito às diferenças.

 

Referências Bibliográficas

LANZ, Rudolf. A Pedagogia Waldorf. São Paulo: editora Antroposófica, 1979.

PETRAGLIA, Marcelo. A Música e sua relação com o ser humano. São Paulo: editora Ouvir Ativo, 2010.

PETRAGLIA, Marcelo. A Educação musical da criança e do jovem. Curso Antropomúsica. São Paulo, 2016.

STEINER, Rudolf. O método Cognitivo de Goethe. São Paulo, editora Antroposófica, 2004.

Ginástica Bothmer

Postado por granza-ewfa em 19/mar/2021 - Sem Comentários

A Ginástica Bothmer deve seu nome à Graf Fritz Von Bothmer que em 1922 iniciou seu trabalho como professor de Educação Física na primeira escola Waldorf. A partir de um pedido feito por Rudolf Steiner, Bothmer desenvolveu para as aulas de Educação Física exercícios que se harmonizam com as outras aulas para que estes não parecessem um corpo estranho no plano escolar.

 

Assim como as aulas de Educação Física, a ginástica Bothmer começa com as crianças no 3º ano escolar com as rodas de 3º e 4º anos. Nestas rodas se encontram alguns elementos da ginástica e são uma espécie de preparação para futuros exercícios. O exercitar da ginástica só começa realmente no 5º ano e segue até o 12º ano.

Para cada ano há exercícios específicos, que devem ajudar no desenvolvimento anímico-físico do aluno. O caráter do movimento é diferente em cada exercício de acordo com a idade. Do movimento do brincar rítmico passam aos dinâmicos e de natureza volitiva e finalmente no Ensino Médio ao movimento dirigido conscientemente que procura fazer com que o aluno vivencie o espaço em toda sua dimensão.

 

A ginástica age como educação postural, como harmonização e ajuda para que o anímico-espiritual do homem, que justamente nos tempos de hoje é prejudicado pela unilateralidade da civilização moderna, possa penetrar e permear o corpo físico. O anímico-espiritual forma o corpo como um instrumento através do qual ele aparece e se manifesta.

 

Referência Bibliográfica – www.ginasticabothmer.com.br

Trabalhos Manuais

Postado por granza-ewfa em 19/mar/2021 - Sem Comentários

A arte do fazer com as mãos está presente nas tradições mais antigas, que de maneira geral buscavam realizar estas atividades coletivamente, elaborando instrumentos e tecendo saberes que se tornaram consolidados pela cultura humana. Os objetos que confeccionamos carregam em si os resultados das diferentes subjetividades dos seus criadores e as marcas dos seus contextos históricos.

 

A maior distinção anatômica da espécie permitiu um grande desenvolvimento do uso das mãos. Equipadas com uma série sensores de temperatura e pressão, permitem que identifiquemos variadas temperaturas, texturas, pesos e formas. Assim como nossa visão, nossas mãos colaboram para a percepção do mundo e orientação espacial. As mãos desenham o pensar. Segundo Steiner “pensar é tecer cósmico”. O trabalho com as manualidades facilita o desenrolar do processo de assimilação do aprendizado, a organização do pensar, o domínio corporal sobre as experiências e a capacidade imaginativa dos seres humanos.

 

Todavia, a produção industrial aliada à acomodação do cotidiano onde tudo está pronto, onde tudo se compra e o uso das máquinas se sobrepõe ao uso das mãos, permite-nos observar e transparecer bem pouco as individualidades dos seus criadores, promovendo uma separação entre o homem, seu valor, suas capacidades e sua relação com o mundo.

 

Para Steiner o cérebro ‘não vive dentro da cabeça’, mas se estende por todo o corpo e com o corpo alcança o mundo. Mãos e cérebro estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento humano, portanto embotar os movimentos é riscar uma etapa de desenvolvimento do ser.

 

O uso excessivo de eletrônicos, principalmente desde a tenra idade, representa um grande desafio para a elaboração saudável das capacidades cognitivas, motoras e emocionais dos indivíduos. A maioria destes aparelhos demanda suaves toques e gestos, reduzindo o leque de movimentos que as mãos podem realizar.

 

Nas aulas de Trabalhos Manuais, os estudantes são convidados a confeccionar, do início ao fim, objetos que tenham utilidade e beleza, vivenciando as cores, padrões e formas. Entram em contato, do 1º ao 11º ano, com tricô, crochê, bordado, costura, tapeçaria, macramê, entre outras técnicas manuais, que buscam colaborar para o desenvolvimento do educando em cada etapa de sua vida escolar. Acerca das manualidades, Steiner afirma que “as mãos são os olhos do sistema rítmico”. As propostas nas aulas de Trabalhos Manuais caracterizam-se por atividades equilibradoras do pensar e do fazer e promovem o fortalecimento do querer e do pensar lógico, que são equilibrados pelo lapidar das emoções.

 

Clarissa de Assis Angelo, professora de Trabalhos Manuais do 1º ao 11º ano

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